Numa fase em que estamos na URBIMO a actualizar a imagem da empresa, fui desafiado a escrever a história da mesma para o primeiro artigo deste blogue.
Após aceitar o desafio confesso que houve um momento de realização de que efectivamente já passaram 35 anos desde que a URBIMO existe. O ritmo que levamos no dia a dia não nos permite parar e avaliar como o próprio tempo passa. Já lá vão 35 anos!
Como se costuma dizer, “a necessidade aguça o engenho” e a história da URBIMO nasce disso mesmo.
Em 1983 no edifício Nova Gaia, na Avenida da Republica em Vila Nova de Gaia, um amigo tinha um escritório de contabilidade com o qual eu colaborava. Uma actividade extra para além da minha profissão de professor de matemática do ensino secundário.
Num certo dia o edifício fica sem corrente eléctrica, e consequentemente sem iluminação, sem elevadores e sem água.
Num prédio de 15 andares o transtorno é quase inimaginável: subir as escadas até ao décimo quinto andar, não haver água porque as bombas elevatórias não tinham corrente, etc, etc.
Na causa desta falta estava a falta de pagamento por parte do gestor de condomínio à EDP.
Dada a adversidade e a urgência em resolver o problema eu e o meu amigo José Urbano, dono do escritório de contabilidade, tomamos a dianteira e metemos mãos á obra.
Reunimos primeiramente alguns condóminos e utilizadores do edifício para juntar o dinheiro necessário para pagar a divida á EDP restabelecendo o dia a dia normal da vida das pessoas e negócios.
Depois organizamos uma assembleia geral onde nos propusemos como gestores do condomínio.
Com a sensação de um trabalho bem feito e principalmente a satisfação de ver todos os afectados contentes com o desfecho da situação ocorreu-nos a pergunta: porque não profissionalizar a actividade montando uma estrutura que pudesse responder às necessidades complexas do funcionamento da propriedade horizontal. Certamente mais alguém noutro prédio, algures, passaria pela mesma situação ou outras semelhantes onde precisariam de algum apoio profissional. Havia também na altura o inicio de um crescimento no sector imobiliário que se apresentava como uma excelente oportunidade de negócio.
E assim constituímos a URBIMO cujo nome muito se relaciona com Urbano o sócio co-fundador juntamente comigo.
No mesmo prédio arrendamos umas instalações que equipamos.
Naquela época do anos 80 a informática reclamava uma presença indispensável nas organizações que se queriam inovadoras, e na URBIMO isso era um imperativo e uma aposta. Fizemos uma parceria com um informático para desenvolvermos um software dedicado á gestão de condomínios em respeito pela legislação e pelo rigor do cálculo, algo que não existia á data.
Usávamos o sistema informático para o calculo da distribuição dos valores de cada fracção e para redigir e endereçar circulares, avisos, etc.. Para emissão de recibos, elaboração de mapas e relatórios de contas usávamos maquinas de escrever.
Entretanto decidiu-se que cada um dos sócios deveria seguir apenas um ramo de actividade, e consequentemente o José Urbano abandonou a sociedade.
Procurando responder à crescente exigência do tratamento da informação e comunicação e compatibilizar com a evolução da informática, foi estabelecida nova parceria que desenvolveu o software que deu origem ao Gecond que é hoje uma referencia na área da administração de condomínios, parceria essa que que ainda hoje perdura.
O que nos move na URBIMO é tirar-mos satisfação em sabermos que o dia a dia dos nossos condóminos segue a sua rotina diária sem problemas e que quando estes surgem saibam que podem contar connosco para resolver de uma forma profissional, célere e o mais racional possível.
O presente reclama rigor, transparencia, verdade, seriedade e comunicação.
O futuro acrescenta preocupações a nível de conservação, manutenção, modernização de recursos, e inovação e optimização energética, e na URBIMO queremos estar preparados para esse desafio. Para isso o recurso a tecnologias de optimização de potencialidades de um edifício serão estudadas juntamente com peritos da área e condóminos. Num esforço conjunto e consciente de não desperdiçar energia e desta forma minimizarmos gastos e diminuir encargos permanentes.
E assim têm passados estes anos. Neste tempo vimos muitos concorrentes nascer e alguns terminar.
Também perdemos e ganhamos clientes, como qualquer empresa; tivemos acções menos bem conseguidas, e êxito em muitas outras.
Sobrevivemos a conjunturas económicas menos favoráveis e com elas convivemos adaptando-nos às circunstancias.. Continuamos cá, determinados e fieis aos nossos princípios. Agradecemos a quem durante este período tem depositado a confiança nos nossos serviços e desejamos faze-lo por muito mais anos.
Um bem haja a todos.
Filipe Ramos – CEO